TARIN E SUAS MUTAÇÕES

26/10/2012 20:51

 

TARIN E SUAS MUTAÇŐES

Alexandre Assis Pereira

Revista 4C Junho 2005

1. Introduçăo

Trata o artigo de uma retomada ao tarin, diferente de anos atrás quando foi largamente utilizado para introduzir o fator vermelho nos canários, este pássaro que contribuiu com um grande avanço na canaricultura introduzindo um novo lipocromo, o de cor vermelha.

Agora a criaçăo de tarins, ou carduelis cucullata, possui um novo horizonte, suas mutaçőes. Longe de discussőes como de o original ser mais bonito ou năo acredito que toda novidade causa impactos e uns absorvem a idéia ou năo. O que seria da canaricultura se só tivéssemos criado o canário original? Seriamos uns poucos criadores criando o canário próximo ao verde nevado e com certeza năo contemplaríamos as 550 cores importante para nossos campeonatos regionais brasileiros e mundiais. A origem das mutaçőes ainda é discutida, a um ramo acredita ter vinda dos canários, e outro ramo mais aceito é das mutaçőes terem sido introduzidas por outras espécies de pintassilgos, ou mesmo terem origem dentro de sua própria espécie como aconteceu com o próprio canário. A genética năo será aprofundada neste capitulo por se tratar de uma apresentaçăo, mas segundo os relatos italianos é semelhante aos canários, mas os resultados obtidos com criadores nacionais ainda leva a crer que há necessidade de estudar mais a fundo.

As mutaçőes a seguir săo todas de cores, e se apresentam sobre a melanina negra do tarin. Foi encontrado em um site italiano uma possível foto de uma mutaçăo lipocromica, com a ausęncia de deposiçăo do lipocromo vermelho, (última foto).

2. MUTAÇŐES

As mutaçőes que ocorreram foram a diluída, que alguns autores chamam de pastel, que é uma mutaçăo aparentemente dominante, e quando do acasalamento de dois diluídos ocorre a dupla diluiçăo que é belíssima (derivada do Lugano). Outra mutaçăo a ágata ainda é pouco encontrada no Brasil, que com a mutaçăo canela combinada origina a cor Isabel. Outra mutaçăo já relatada č o topázio (recessiva) mas năo foi possível encontrar fotos, e há duvidas quanto a possível existęncia deste exemplar no Brasil, e por ultimo é relatada uma mutaçăo rubina em um site espanhol. A mutaçăo queixo vermelho, que originou-se no Criadouro Marbella (Toninho), é uma năo decomposiçăo da melanina vermelha abaixo do bico, sendo exclusivamente  nacional. Há ainda o tarin sem lipocromo vermelho que causa dúvidas sobre a existęncia em criadores de renome como o Saragoça, Toninho e outros mais (última foto).   

Ainda há a possibilidade de uma conjugaçăo do diluído (pastel), com as cores canela o Ágata e o Isabel.

Diante dessas mutaçőes já podemos sonhar em futuramente com mutaçőes inos mutaçőes marfins, e quem sabe um tarin sem pigmento melanico nem lipocromico (TARIN BRANCO). Năo sabemos o potencial ainda dessas cores novas, mas começa a abrir um campo intrigante e envolvente, que năo pode ser desprezado, mesmo ainda sendo desconhecido por nos. Quem năo se admirou quando travou primeiro contato com a canaricultura, e descobriu que havia tantas cores? É lógico que uns preferem o original tarin que é belíssimo, mas que venham as cores novas.

É claro que em termos de domínio das mutaçőes destes exemplares ainda estamos no inicio, mas o estudo dessas novas cores no tarin, e a possível hibridaçăo com canários ou com outros carduelis, torna muito mais interessante a aquisiçăo destes pássaros.

Tanto o tarin original quanto o mutante estăo enfrentando restriçőes de lei ambiental. Portanto apesar da criaçăo de tarin Ter se expandido nos últimos tręs ou quatro anos, ainda é difícil e oneroso a adquisiçăo de mutantes de tarin.
Possuímos alguns criadores comerciais como do Sr Magela.do Sr Toninho (Marbela), do Edson (veterinário), e do Sr Saragoça, que podem efetuar a  venda dos originais quanto as mutaçőes. A mutaçăo queixo vermelho só pode ser obtida no criador Marbella, enquanto o restante pode ser adquirido no criador Marbella e com o Saragoça. Esperamos que haja uma conscientizaçăo que somos criadores de pássaros, o nosso prazer é obter filhotes, ajudar na perpetuaçăo dessa espécie. A quase totalidade dos criadores năo cria para obter retorno financeiro, e sim por amor as aves. E tenho certeza que nenhum criador faz maltrato de seus pássaros, pelo contrario dedica sua semana, fins de semana, férias a esse hobby maravilhoso da criaçăo de pássaros. As cores estăo como no inicio da canaricultura precisam aprimoramento entăo măos a obra.